A crônica social ocupa os pátios da arte.
(quem escreve morre de fome – ouro aos fotógrafos)
Abraços e vinho branco versejam acesos.
Sorrisos desconhecem Bocage
e compõem sonetos em meio ao conforto
sincero de não-percepção do vazio de letras.
Assim atrevido como nasci – tasco
poundianamente my rasting:
POETA é quem tem respeito ao que faz – lê poesia.
POETA DA AUTO-ILUSÃO é quem não sabe o que faz –
não lê poesia.
POETA MOUCO é quem sabe que não sabe, mas faz algo que não é.
Mas quer porque quer que seja – o da contrafação.
Diz que lê, mas não há evidências.
POETA DO EGO INFLADO tem respeito ao que faz – lê poesia.
Mas não tem respeito pelo que os outros fazem.
Falta tinta à pena.
Falta ter pena.
Falta a voz que condena;
só não faltam
faltas.