“Que é que tenho com o mico-leão-dourado? Alguém pode me explicar para que serve um hipopótamo? Ah! vai lamber sabão!”
(Ratinho, apresentador de televisão, ex-deputado, pai de govenador de Estado e ídolo popular)
Tomo o pito pelo verso sem fogo,
(frio ou apagado não entendi
direito) que não projetou-se além
do teclado, onde alguma letras
já desgastaram-se pelos tempos
de solidão reinados desde que
resolveu-se no mundo que não
mais se fique sozinho quem tem
a pachorra e a determinação da
valoração da existência muda
toldada pelo abajur da noite,
que atina nossos refolhos
até um amanhecer de graça,
nada morigerado, cheio de nós,
de eles, de vozes e ritmos cheirosos,
bem distante da dentadura
do meduseu Steve Bannon:
o que degela quaisquer flores,
sejam plantadas ou plásticas;
sejam de vida ou de mentira.
Aliás, essa, presente em ambas.
Agora que cansado repito
um verso antigo, feito nem sei
que hora, acinte ou desafio.
Aquele dito em surdina, quase
desabafo ou pressa de terminar
o poema que ameaçava alicerçar
um monte de palavras desertoras,
que diz “o café resolve o verso.”