A janela aberta.
Lá fora o sol se arvora
em alma desperta.
Alfredo Rossetti
A janela aberta.
Lá fora o sol se arvora
em alma desperta.
O amor inunda
a vida (antes perdida)
na noite profunda.
…dia de outono;
serpeio passos em meio
de folhas sem dono.
Viver o instante.
Pequena vida que a cena
forja em gigante.
Luar desbotado.
A luz da noite induz
ao verso calado.
No céu cintilante,
a lua se auto-cultua
em cio delirante.
O mundo, só blague.
Feliz destino do giz.
Não gostou? Apague.
Na fria manhã
sobrou do que acabou
um gorro de lã.
Manhã na capina.
Atiça o sol, com preguiça
festa da retina.
Com olhos de gato
diviso um falso sorriso
no porta-retrato.