eterna a luta dos pássaros que em mim comem sobras e só voam quando o inverno vem aonde pouco se espera.
Tenho um roseiral tenebroso quando fujo das esquinas. Meu coração só desperta se trago versos lacônicos e o roseiral, rico de fel, ressurge ao lamber dos lábios;
eterno o passar de intenções que em mim brotam armadilhas que nunca voam no estio nem nas madrugadas úmidas.
tenho um roseiral acintoso quando bato em retirada. Meu coração cansa sempre antes que eu diga a palavra guardada desde a primeira máscara que nem lembro mais;
terna a ambição de viver que em mim perdura que nunca saiu de dentro da sombra de outra sombra.
Tenho um roseiral cheio de rosas vermelhas mas não colho nunca e o tempo se encarrega de trazer o mofo pelo vento.
CENAS & CAOS