Dois amigos amam a lua. Outros dois
São solares. Vários se avermelham
Com a face no azul. Enquanto eles diferem,
Eu me tranco num baú.
Meus anos de vida pesam
E se espalham em mim. Atravesso
Cordilheiras com a mochila abarrotada.
Na memória, um campo pós queimada.
Chamas insistem em não me permitir
Escuridões ou esquecimentos. Dói-me
Constatar que meu tempo é sempre.
.
CHAMAS