De onde vens, estrela intrusiva?
Quando te geraram, onda viajante?
Quais ordens tens, além
de me viver entre sorrisos e relâmpagos?
És um círculo ou formas com meu desespero,
fractais? Impertinência doada pelos deuses
ou por ninguém?
Nasceste ou inteirei-me em ti
num lapso do tempo em que a tudo requeria?
Dizes ser para o sempre, sempre. Amém.
Transtornas, mas não é o presente.
Nada, apareces como aspecto,
fora dos sentidos, ausente.
No ar, goteira esconsa,
espelhas como dor e aos olhos insurges
como fantasma, labirinto penitentes.
Inexistes, pedaços de lembranças.
Como simulacros, entrementes,
cinges a circunvoar, formas tranças.
Mescla pungente,
ebulitiva, agarra redores.
Farpas de passado
querendo se congraçar em recente.
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COMPANHEIRA
Parabéns, Alfredo! Lindo esse poema!