Para o ser criança
Sol, trânsito e esperanças
Coletivas, e saltimbancos.
No ônibus, Deus se infiltra.
Camuflado com touca azul,
Olhos abertos que indagam
Encontram os meus. Faço-lhe
Caretas. Comungamos um flerte.
Sorri e dentro de mim nuvens
E paz. E isso me basta: é Deus!
Ninguém mais operaria o milagre
De transformação de instantes.
Mas logo se vai. Embora no colo
De um amor, visualizo-o cocheiro
Da quadriga que bendiz o arqueiro.
E suas setas serão palmas a doar.
Tarde apocalíptica e um sorriso
Banguela cicatriza o mundo todo.
É Deus! Só pode ser!
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O FLERTE