Da janela do meu quarto Nenhuma flor.
Nem Fausto nem tabacaria.
Apenas o quintal que clama
Por ser um verso (que seja)
De um velho poema sem registro,
Igualmente semeado no cimento.
No que meus olhos acedem.
Mais uma vez percebo – flébil,
Que vivo nos fundos de mim
Mesmo. E esqueço de escrever
Que neste quintal não há árvores.
E eis tudo de mim a criar as sombras.
.
PESSOA