A porta aberta,
cigarro aceso.
Dentro da noite
de dentro da sala
de dentro do escuro,
ruídos túrbidos
atiram pedras
ao pensamento.
Sem clarão de lua
a penetrar no espaço
do homem que vira bicho
se não dorme;
que vira lixo
se não se domina,
aguarda-se o que virá.
Sem saber se virá.
Sem perceber
se o remirá.
Quanto mais a noite
adentra, mais
a impossibilidade,
adventícia e nêmesis,
cresce, para nunca mais
desgrudar.
.
SOLIPSISTA